No mundo, o atual cenário ambiental tem gerado diversas preocupações. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a alta concentração de gases do efeito estufa acarreta ameaças à saúde humana, além de ser uma das principais causas de desastres naturais e superaquecimento. Tornam-se imprescindíveis e urgentes medidas que cessem, ou ao menos desacelerem, os ocasionadores das mudanças climáticas.
Neste sentido, eventos como a COP 26 (26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática) são necessários e têm muito a contribuir para o debate público. Realizada entre os dias 31 de outubro e 12 de novembro de 2021, em Gasglow, na Escócia, a COP 26 teve como objetivo principal incentivar países a se comprometerem com a redução drástica da emissão de gases nocivos à Terra a fim de conter o aquecimento global e a crise climática até 2030, estimulando o desenvolvimento sustentável. Por consequência, o papel da Conferência também é fomentar a governança global, com mecanismos de alto grau de regulação. Alinhados, esses objetivos possibilitarão uma transição justa, tendo em vista que os países em desenvolvimento poderão obter vantagens destes projetos e desenvolver suas respectivas economias mirando a redução de carbono.
A união de organizações e setores da indústria é essencial para alcançarmos as metas previstas pela COP 26 de forma eficaz, por isso, a preocupação com o sistema ecológico do mundo não é algo recente. Além do Dia Mundial do Meio Ambiente, instituído em 5 de junho de 1972 pela Assembleia Geral da ONU, temos outras datas que giram em torno da conscientização da sustentabilidade, a exemplo do Dia Mundial da Energia.
Celebrado anualmente em 29 de maio, o dia foi criado em 1981 para conscientizar a população sobre a importância do uso de energias renováveis e, também, de poupá-las. Neste dia, diversas atividades são organizadas, incentivando pequenas ações – individuais ou coletivas – em prol da construção de uma consciência ambiental. Atualmente, a atenção global do setor ambiental está voltada para transição energética, que levanta discussões sobre sua eficiência e acesso de forma ampla a um maior número de pessoas, ainda que realizada gradualmente para possibilitar segurança na transição dos combustíveis fósseis e o desenvolvimento de uma sólida e eficaz estratégia com base na complementaridade de fontes para a promoção de uma mobilidade.
Mas por que as empresas devem se preocupar com a questão ambiental?
Grande parte da poluição prejudicial ao meio ambiente, as quais geram o efeito estufa, é decorrente dos processos de produção das empresas. Deste modo, a importância de termos empresas preocupadas com o meio ambiente e que sejam sustentáveis é justamente a minimização dos impactos ambientais derivados de sua atividade.
Cabe destacar que, uma vez implantado o sistema de gestão ambiental, são adotados estilos de comércio e modos de produção ecologicamente corretos, os quais possuem como base a redução dos desperdícios e reaproveitamento dos recursos, ensejando assim em uma responsabilidade ambiental.
Qual os primeiros passos para contribuir com a diminuição da emissão de gases?
O primeiro passo para garantir que a empresa seja dotada de responsabilidade ambiental, visando diminuir a emissão de gases, corresponde na avaliação e na medição, por meio de um diagnóstico detalhado, da quantidade de gases poluentes que são emitidos nas operações realizadas pelo empreendimento, a fim de que sejam adotadas as iniciativas sustentáveis que auxiliem na redução das emissões de gases do efeito estufa.
Deste modo, é indispensável citar as seguintes opções:
- consumo consciente de energia para priorizar uma fonte energética limpa e renovável;
- gestão de descarte e reciclagem de resíduos sólidos;
- reutilização de matéria-prima;
- criação de metas para redução de emissão de carbono, dentre outros gases poluentes;
- adoção de processos de produção mais limpos, priorizando produtos biodegradáveis.
Além das boas práticas listadas, e que buscam causar o menor impacto possível ao meio ambiente para que haja a proteção e a preservação dos recursos naturais, é fundamental salientar a obrigatoriedade da fiscalização e do cumprimento das disposições elencadas nas legislações ambientais que versem sobre a atividade desempenhada pela empresa.
Por fim, para fomentar a consciência ecológica, é possível abordá-la pelo “eco-marketing”, o qual divulga as ações que são ecologicamente corretas e viáveis, socialmente justas e culturalmente aceitas. Essas ações também podem ser associadas ao princípio ESG, por exemplo. Fatos estes, que beneficiam diretamente a imagem da empresa ante o público consumerista e mercantil.
* Esse boletim teve a colaboração da advogada Raíssa de Oliveira Nunes Tôrres Lage e da sócia Paula Padilha Cabral Falbo.